Nos últimos anos, a discussão sobre saúde mental ganhou destaque, e com isso, surgiram muitos mitos sobre os transtornos psicológicos. Entre os mais recorrentes está a confusão entre Fobia Social e Síndrome do Pânico. Apesar de compartilharem alguns sintomas de ansiedade, especialistas destacam que são condições distintas, com características e tratamentos específicos. Além disso, um fator muitas vezes subestimado na gestão desses transtornos é a alimentação saudável.
A Fobia Social, também conhecida como Transtorno de Ansiedade Social, é marcada por um medo intenso de ser julgado negativamente em situações sociais. Indivíduos que sofrem desse transtorno tendem a evitar interações sociais, temendo constrangimento ou humilhação. Por outro lado, a Síndrome do Pânico é caracterizada por ataques de pânico súbitos e intensos, acompanhados por uma sensação de terror que pode ser desencadeada sem aviso ou razão aparente.
De acordo com a Dra. Carla Mendes, psiquiatra especializada em transtornos de ansiedade, “a confusão entre esses dois transtornos é comum porque ambos envolvem altos níveis de ansiedade, mas a natureza e os gatilhos das condições são diferentes. Enquanto a Fobia Social é relacionada ao medo do julgamento social, a Síndrome do Pânico pode ocorrer em qualquer situação, muitas vezes sem um estímulo claro.”
Além do tratamento convencional, especialistas destacam a importância de uma alimentação balanceada no combate aos sintomas da ansiedade. Alimentos ricos em triptofano, como nozes, sementes e aveia, ajudam na produção de serotonina, o neurotransmissor responsável pela sensação de bem-estar. Da mesma forma, frutas ricas em vitamina C, como laranjas e kiwis, podem reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse.
“A alimentação saudável tem um papel fundamental na saúde mental. Uma dieta equilibrada pode ajudar a estabilizar os níveis de açúcar no sangue e fornecer os nutrientes necessários para o funcionamento adequado do cérebro, o que é essencial para quem sofre de transtornos de ansiedade”, explica a nutricionista Mariana Souza.
Além disso, é aconselhável evitar o consumo excessivo de cafeína e açúcar, que podem exacerbar os sintomas de ansiedade e desencadear ataques de pânico. Incorporar alimentos anti-inflamatórios, como peixes ricos em ômega-3, vegetais de folhas verdes e abacate, pode auxiliar na redução da inflamação cerebral, que tem sido associada a transtornos de ansiedade.
Especialistas alertam para a importância de um diagnóstico adequado, que deve ser feito por profissionais de saúde mental capacitados. “Identificar corretamente o transtorno é crucial para um tratamento eficaz. Acreditar que Fobia Social e Síndrome do Pânico são a mesma coisa pode atrasar o tratamento adequado e aumentar o sofrimento do paciente”, afirma o psicólogo Eduardo Braga.
Com a crescente conscientização sobre saúde mental, é fundamental que o público tenha acesso a informações corretas e desmistificadas. Separar mitos de fatos, aliando tratamentos psicológicos a uma alimentação saudável, é o primeiro passo para um cuidado mais eficaz e uma melhor qualidade de vida para aqueles que enfrentam esses transtornos.
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